Seja pela correria do dia a dia, pela falta de uma rotina adequada ou por um estilo de vida pouco saudável, nem sempre conseguimos manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes essenciais para nossa saúde. Para suprir essa falta, muitas pessoas passam a suplementar vitaminas como alternativa para preservar a saúde e prevenir doenças, mas será que essa prática é recomendada para você?
As vitaminas são nutrientes vitais para o correto funcionamento das funções vitais do organismo, auxiliando no metabolismo celular e favorecendo reações químicas que permitem a absorção de nutrientes. Como nosso corpo não é capaz de sintetizá-las, precisamos de uma alimentação saudável para obter as vitaminas essenciais à nossa saúde.
Prática ortomolecular e vitaminas: qual a relação?
A prática ortomolecular é utilizada pela Medicina Funcional em busca de restabelecer o equilíbrio químico do organismo. Este campo entende que as causas de doenças crônicas e de ordem psíquica estão relacionadas ao desequilíbrio de vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais.
Dessa forma, a prática ortomolecular atua com o objetivo de promover o reequilíbrio por meio do uso de substâncias e elementos naturais, como as vitaminas. Estes elementos, além de proporcionarem reequilíbrio bioquímico, combatem os radicais livres causadores do envelhecimento das células e ajudam a manter o correto funcionamento das funções vitais do organismo.
A prática ortomolecular atua com caráter curativo e preventivo. Ou seja, pode ajudar a tratar uma doença que já está em curso ou combater desequilíbrios antes que eles evoluam para uma doença.
Tipos de vitaminas e suas funções
As vitaminas podem ser divididas em dois grupos: as lipossolúveis e as hidrossolúveis. As primeiras são armazenadas no tecido adiposo, sendo absorvidas mais facilmente com a presença de gordura na dieta. Fazem parte deste grupo as vitaminas A, D, E e K.
Já as vitaminas hidrossolúveis não são armazenadas pelo organismo, uma que vez – como o próprio nome diz – são solúveis em água e deixam o corpo através da urina. Embora o corpo mantenha uma pequena reserva, elas precisam ser ingeridas com maior regularidade para evitar a escassez. Fazem parte deste grupo as vitaminas B e C.
De maneira geral, as vitaminas lipossolúveis ajudam a manter a saúde dos olhos, pele, pulmões, trato gastrointestinal e sistema nervoso. As hidrossolúveis possuem diversas funções, como liberar a energia encontrada nos alimentos que você come, manter os tecidos saudáveis, sintetizar proteínas e células e auxiliar na produção de colágeno.
Como suplementar vitaminas?
A suplementação de vitaminas não é recomendada para a população geral, uma vez que o ideal é optar por uma dieta saudável e equilibrada. No entanto, alguns grupos de pacientes não conseguem obter todos os nutrientes essenciais para o organismo somente com uma alimentação balanceada.
Nesses casos, suplementar vitaminas é uma opção a se considerar. Conheça os grupos que podem recorrer a essa prática e quais as vitaminas mais importantes para cada um deles:
Gestantes
- Ácido fólico/metilfolato: é um elemento essencial para evitar defeitos no tubo neural. O ácido fólico é mais encontrado na forma sintética do que em alimentos naturais.
- Cálcio/Magnésio: ajudam a reduzir o risco de hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia.
- Ferro: contribui para o desenvolvimento do feto, além de evitar o risco de anemia na gestante.
- Vitamina D: imunomodulador importante.
Bebês
- Vitamina D: a suplementação deve iniciar logo após o nascimento e permanecer até o desmame.
- Ferro: deve iniciar aos 4 meses e ser interrompida após o bebê começar a ingerir alimentos com o nutriente.
Adultos e idosos
- Vitamina B12: suplementar vitamina B12 é uma prática recomendada, já que o organismo tende a não absorver adequadamente a forma de ocorrência natural, dependendo dos níveis laboratoriais de cada um.
- Vitamina D: a suplementação de vitamina D é uma importante aliada para manter a saúde dos ossos e imunidade.
- Cálcio: suplementar esta vitamina pode ajudar a evitar cálculos renais e doenças cardiovasculares.
Como sei se preciso suplementar vitaminas?
Antes de tudo, é importante ressaltar que a suplementação vitamínica nunca deve ser feita por conta própria. O ideal é procurar um especialista para avaliar a necessidade de complementar sua dieta com suplementos vitamínicos.
Na medicina funcional, o diagnóstico envolve a avaliação clínica e laboratorial com o auxílio de exames específicos para medir os desequilíbrios nutricionais e metabólicos. Após o resultado, será prescrito uma dieta para realizar o equilíbrio nutricional e, quando necessário, a suplementação vitamínica de acordo com a necessidade de cada paciente.
O tratamento busca restabelecer a nutrição funcional, sempre tratando o paciente como um todo para estabelecer a harmonia entre a saúde física, emocional e mental.
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