Acordar e dormir diariamente com a mesma sensação de dor, que vai além do normal para a recuperação de uma lesão ou inflamação — em tempo e intensidade — pode ser mais comum do que parece. No entanto, isso não é normal. E, por isso, é fundamental buscar tratamento para a dor crônica.
Essa condição é assim chamada justamente por seu caráter persistente. Ela pode estar ligada a diversos fatores físicos e emocionais. Em casos extremos, é capaz de impossibilitar a manutenção da rotina. Por essa razão, é tão importante falarmos sobre isso e como minimizar essa situação. Siga comigo nessa leitura para conhecer os tratamentos propostos pela medicina funcional contra a dor crônica.
Como avaliar a presença da dor crônica?
A dor crônica é caracterizada por uma dor persistente que dura, no mínimo, 30 dias consecutivos e pode se prolongar por até 3 meses. Ela pode ser causada por inflamação ou disfunção em várias partes do corpo.
É um problema que, com frequência, provoca sinais como cansaço, distúrbios de sono, diminuição do apetite, perda do paladar, diminuição da libido e até prisão de ventre. Quando intensa, a dor crônica é limitante. Assim, pode levar a quadros de depressão e ansiedade e interferir em quase todas as atividades habituais.
Como é feito o diagnóstico da dor crônica?
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE, juntamente com a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, 37% dos entrevistados afirmam ter convivido com algum incômodo nos seis meses anteriores.
Para o diagnóstico, por se tratar de uma condição de alta complexidade, é fundamental que seja feita essa avaliação profunda e cuidadosa do paciente. Só assim é possível recomendar as terapias que poderão surtir efeitos benéficos para a sua saúde.
Além disso, é preciso considerar as prováveis doenças causadoras da dor. Portanto, no momento do diagnóstico, sempre procuro entender a rotina do paciente, seus hábitos, histórico de doenças e até mesmo a sua genética.
De posse dessas informações, é possível analisar, por exemplo, se alguma emoção está gerando alterações no paciente ou se é a sua alimentação que está pobre em nutrientes a ponto de fazê-lo adoecer.
Quais as doenças mais comuns que causam dor crônica?
Como citei há pouco, existem várias doenças que podem desencadear — entre outros sintomas — a dor crônica. Dentre elas, as mais recorrentes, e que merecem destaque, são:
- fibromialgia;
- lúpus;
- artrite reumatoide;
- hérnia de disco;
- cefaleia;
- dor nas costas;
- tendinite;
- vasculite e/ou
- osteoartrose.
Em todos os casos acima, a dor crônica pode provocar a piora na qualidade de vida do paciente e levá-lo a um quadro depressivo, com tendência a afastamento social, interferindo na sua vida pessoal e profissional.
É importante destacar, ainda, que a dor crônica também pode surgir quando há alguma lesão nos tecidos da pele, como em caso de queimaduras, cortes e fraturas. Neste caso, porém, os tratamentos são direcionados e pontuais.
Como é o tratamento para dor crônica?
No conceito da medicina integral, a dor crônica precisa ser avaliada e tratada por profissionais de diversas áreas e formações, visto que a interdisciplinaridade é o melhor caminho para cuidar efetivamente da pessoa.
O seu tratamento é considerado complexo e requer muito mais cuidado do que o uso de um simples medicamento. Isso porque ela pode estar associada a outras condições que exigem atenção específica, como as doenças crônicas, que precisam de intervenção e controle constantes.
É fundamental, portanto, procurar a ajuda de um profissional que tenha consciência de que cada dor crônica é única e pode ser causada por múltiplos fatores – seja físico, mental ou social. Por essa razão, o ideal é buscar um especialista com visão integrativa. Essa abordagem pode fazer total diferença no tratamento, como mostro na sequência.
Saiba mais: Por que consultar um médico funcional/integrativo?
Como a Medicina Integrativa pode aliviar a dor crônica?
Independentemente da doença que está causando a dor crônica, o melhor tratamento é aquele que cuida do paciente como um todo. Isso significa considerar corpo, mente, espírito e estilo de vida. Neste sentido, a Medicina Integrativa enxerga a importância do paciente tanto no processo de adoecimento quanto de cura.
Assim, tiramos o foco somente dos sintomas ou doenças e atuamos de forma mais humana e menos intervencionista. Juntos, médico e paciente buscam entender o que o corpo está querendo dizer. A partir daí, o profissional é capaz de oferecer alternativas para tornar o organismo mais equilibrado e resistente.
Na Medicina Integrativa, existem algumas técnicas que costumam ser mais recomendadas para o tratamento da dor crônica. A seguir, descrevo brevemente cada uma delas:
- sessões de Acupuntura: inserção de agulhas em pontos específicos para ativar centros nervosos e glandulares para restabelecer o fluxo de energia e sangue, modular o organismo e, assim, reduzir a dor;
- terapias energéticas: ao mesmo tempo em que ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade provocados pela dor, são capazes de aliviar a tensão que pode ser a origem de alguns tipos de dor crônica;
- rotina de atividades físicas: manter o corpo em movimento ajuda na liberação de hormônios como a serotonina, a dopamina e a endorfina. Assim, os exercícios podem melhorar a qualidade de vida, o bem-estar emocional e aliviar a fadiga;
- suplementação: um corpo bem nutrido é fundamental para fortalecer o sistema imune e proteger o organismo de inflamações que podem desencadear ou intensificar a dor crônica;
- uso da cannabis medicinal: pode reduzir em até 30% as escalas de dor, quando usadas como tratamento coadjuvante;
- prática de meditação: ajuda que o paciente tenha maior controle sobre suas emoções e consiga se libertar de sensações e pensamentos que possam potencializar a ansiedade e a dor.
Como as causas da dor crônica nem sempre são físicas, para haver cura ou melhora dos sintomas, é preciso buscar uma alternativa de tratamento mais abrangente e multidisciplinar. Por essa razão, a medicina funcional — também conhecida como medicina integrativa ou integral — se mostra tão eficaz no controle dessa condição.
Existem, ainda, outras opções de tratamentos que posso recomendar, dependendo do grau da dor crônica e o estado de saúde do paciente. Por isso, é fundamental fazermos uma avaliação mais ampla e completa da saúde e estilo de vida de cada pessoa antes de indicar a melhor abordagem terapêutica.
Se você quer saber mais sobre os tratamentos para dor crônica, entre em contato pelo WhatsApp ou aqui mesmo pelo site e venha conversar comigo. Juntos, vamos conhecer o tratamento mais indicado para o seu caso.