Qual a função dos hormônios femininos?

06/02/2020

O corpo humano precisa estar em total equilíbrio para garantir que cada paciente possa gozar de saúde física e mental plenamente. No organismo da mulher, os hormônios femininos são os grandes responsáveis por promover o equilíbrio corporal, atuando no correto funcionamento de diversas funções biológicas.

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Muitas vezes, a atuação dos hormônios ocorre de forma imperceptível – o que é um sinal bastante positivo de que o organismo está em perfeito equilíbrio. Contudo, quando há irregularidades no ciclo menstrual, a mulher pode sofrer mudanças no humor, bem-estar e em toda a sua rotina.

Neste artigo, vou te ajudar a entender como atuam os principais hormônios femininos e por que são tão importantes para sua saúde. Acompanhe!

Quais são os principais hormônios femininos?

O organismo feminino sintetiza hormônios que possuem extrema importância para a saúde da mulher. Abaixo, você confere os principais:

Progesterona

A progesterona é um hormônio produzido pelas células do corpo lúteo do útero, sendo responsável por regular o ciclo menstrual da mulher. Sempre que o óvulo liberado não é fecundado, ocorre uma diminuição na produção de progesterona que acaba por resultar na menstruação. A grande função deste hormônio é preparar o útero para receber o óvulo fecundado e permitir que a gravidez aconteça de forma natural e saudável.

A elevação nos níveis de progesterona é um bom indicativo para mulheres que estão tentando engravidar. Contudo, se os níveis se mantêm elevados, mesmo quando a mulher ainda não fecundou, pode ser sinal de cistos no ovário, funcionamento excessivo das glândulas supra-renais, câncer de ovário ou das glândulas supra-renais

Por outro lado, a baixa produção do hormônio pode fazer com que a mulher tenha dificuldade para engravidar ou tenha uma gravidez de risco. Os níveis reduzidos ainda podem desencadear sintomas como aumento do peso, dores de cabeça frequentes, alterações de humor, baixa libido, menstruação irregular ou ondas de calor.

Estrogênio

O estrogênio é produzido, sobretudo, pelos ovários e possui funções importantes relacionadas às características sexuais da mulher. Além disso, assim como a progesterona, também atua na regularização do ciclo menstrual feminino e na preparação do útero para a gravidez.

A elevada produção do hormônio pode causar diversas alterações de ordem física na mulher, como inchaço nas mamas, irregularidade menstrual, dores de cabeça, aumento de peso. Já quando os níveis de estrogênio estão baixos, a mulher pode sofrer, sobretudo, com problemas emocionais, como ansiedade, depressão, irritabilidade, dentre outros.

Testosterona

Conhecido por ser um hormônio masculino, a testosterona também é sintetizada pelo organismo feminino e possui um papel importante para o desenvolvimento corporal da mulher. Sua principal função é promover o crescimento muscular e ósseo, além de contribuir para a libido e energia da mulher.

O excesso de testosterona pode desencadear algumas características exclusivamente masculinas, como presença de pelos no rosto e voz mais grave. Já a deficiência do hormônio provoca perda de massa muscular, fadiga excessiva, alterações na libido, dentre outros.

Mudanças nos hormônios femininos em diferentes fases da vida

O corpo feminino passa por ciclos de alterações hormonais durante diversas fases da vida. Abaixo, você confere as principais mudanças que os hormônios provocam no organismo da mulher durante a puberdade, gravidez e menopausa.

Puberdade

Durante a puberdade, os hormônios femininos começam a atuar com mais intensidade. É nessa fase que o estrogênio passa a estimular o desenvolvimento dos seios e promove a maturação do aparelho reprodutor. Por isso, as mulheres têm a primeira menstruação durante esta fase da vida.

Como o estrogênio também é responsável pela distribuição de gordura, a mulher sofre algumas mudanças em relação ao formato corporal. Com maior presença do hormônio, a distribuição de gordura pode remodelar, principalmente, a região das coxas, nádegas e barriga.

Gravidez

Como citamos acima, a progesterona é responsável por preparar o útero para receber o óvulo fertilizado. Os níveis de progesterona aumentam após a ovulação, e caso a mulher engravide, o organismo aumenta a produção do hormônio para que as paredes do útero continuem se desenvolvendo.

Durante a gravidez, o corpo da mulher passa a produzir um novo hormônio: o HCG. Ele é responsável por estimular os ovários a produzir níveis mais altos de estrogênio e progesterona para manter a gestação.

Menopausa

A menopausa é caracterizada pela diminuição acentuada na produção dos hormônios femininos. Trata-se de um processo natural que ocorre por volta dos 50 anos, quando a mulher deixa de apresentar ciclos menstruais.

É importante se atentar para o risco aumentado de desenvolver doença cardiovascular, osteoporose ou incontinência urinária. Além disso, a menopausa pode provocar sintomas como sensação de calor constante, alterações do sono, fadiga, secura vaginal, etc. A modulação hormonal nesta fase propicia alívio dos sintomas e melhora qualidade de vida!

A importância da consulta médica

Em alguns casos, as alterações nos hormônios femininos exigem tratamento especializado para promover a saúde física e mental das mulheres. Muitas pacientes optam por realizar a reposição hormonal como forma de restaurar os níveis hormonais e garantir o equilíbrio do corpo.

Para evitar qualquer tipo de complicação, o tratamento deve ser feito sob orientação médica e realizado por um profissional especializado. A automedicação nunca é recomendada, já que pode causar uma série de efeitos colaterais, além de provocar alterações contrárias às que a paciente deseja.

Gostou do artigo? Aproveite para conhecer 5 hábitos saudáveis para equilibrar corpo e mente. Caso tenha restado alguma dúvida, mande sua pergunta por meio da página de contato. Será um prazer lhe auxiliar!

Publicado por: Dra. Christiane Fujii - CRM/SC 8813 RQE 5292 e 8074
Formada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau FURB, fez especializações em Homeopatia, Acupuntura, e pós-graduações em Ciências da Fisiologia Humana pelo Grupo Longevidade Saudável e Prática Ortomolecular
Doctoralia    

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