A inflamação é uma reação natural do nosso corpo para combater traumas, lesões ou ferimentos e restabelecer o correto funcionamento do organismo. Para isso, as veias se dilatam para aumentar o fluxo sanguíneo, os capilares tornam-se mais permeáveis para permitir que células de defesa cheguem à região e plaquetas começam a trabalhar para expulsar os agentes estranhos.
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Ao curar a lesão, a tendência é que o organismo volte a trabalhar normalmente sem qualquer tipo de alteração celular ou mudanças no fluxo sanguíneo. Contudo, existem casos em que a inflamação pode se tornar crônica, ou seja, a mobilização das células para tentar combater uma lesão – que não existe mais – continua agindo nos tecidos.
Como resultado, ao invés de recuperar a lesão, a inflamação crônica tende a destruir os tecidos, o que é um fator de risco para o aparecimento de diversas doenças graves. Neste artigo, você vai conferir as principais doenças relacionadas à inflamação crônica e conhecer 5 exames de sangue que ajudam a detectar uma inflamação. Confira!
Inflamação crônica subclínica X Doenças graves
O processo inflamatório crônico pode ter diversas causas, incluindo sedentarismo, alimentação inadequada, stress físico e emocional, poluentes ambientais, dentre outras, tornando mais complexa a abordagem e o tratamento.
Com o avanço do quadro crônico, os tecidos do paciente começam a se lesionar até que sejam destruídos totalmente. É aí que começam a aparecer as doenças. No coração, o processo crônico de inflamação pode provocar aterosclerose, uma condição que provoca lesões nas paredes das artérias e pode resultar em infarto do miocárdio.
Em muitos casos de Alzheimer e diabetes também há um componente inflamatório que leva ao desenvolvimento da doença. As articulações das mãos e pés também podem ser afetados pela inflamação crônica, ocasionando o aparecimento da artrite reumatoide. Além disso, o câncer também é uma doença que pode estar relacionada a processos inflamatórios.
Como detectar uma inflamação?
Apesar de estar relacionada com diversas doenças graves, muitos pacientes não imaginam que seu problema possa ser decorrente de uma inflamação crônica. Por isso, é importante realizar alguns exames que podem ajudar a detectar quadros de inflamação. Confira quais são os principais!
Insulina em jejum
A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, cuja função é transportar a glicose do sangue para as células. Quando nosso corpo passa a ter uma maior resistência à insulina – ocorre um processo de produção adicional do hormônio, o que aumenta os processos inflamatórios. Com o tempo, os picos elevados de insulina podem causar complicações crônicas, como diabetes, doenças cardiovasculares e pressão alta. Portanto, verificar os níveis de insulina é de fundamental importância para identificar um possível quadro de inflamação crônica.
Hemoglobina A1C
O exame de hemoglobina A1C fornece a quantidade média de glicose nos últimos 3 meses. Se o nível de glicose estiver muito elevado, significa que o corpo está sofrendo um processo inflamatório crônico. O exame também é utilizado para rastrear diabetes e pré-diabetes, além de ser usado para monitorar o controle da glicose dos diabéticos.
Proteína C-Reativa (PCR)
A PCR é uma proteína produzida no fígado, que aumenta, ou diminui, sua concentração com um quadro de inflamação ou trauma. Dessa forma, o exame é útil no diagnóstico e monitoramento de condições inflamatórias crônicas, como doença inflamatória intestinal, artrite e doenças autoimunes.
Ferritina sérica
A ferritina é uma proteína das células sanguíneas que armazena ferro. Baixos níveis indicam deficiência de ferro, que pode causar anemia e redução no número de glóbulos vermelhos. Por outro lado, níveis elevados da proteína podem indicar inflamação, doença hepática, infecção crônica, distúrbios autoimunes e alguns tipos de câncer. Dessa forma, identificar a quantidade de ferritina no sangue ferritina contribui para detectar um processo de doença crônica.
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Este artigo foi produzido com base na versão em inglês do portal Dr. Jockers.